Naquela bicicleta vai um trabalhador.
Naquela bicicleta pedala uma trabalhadora.
Info-operário, cibe-operária, entrega(dor), (entrega)dora!
Com bag de cicloboy, sem mochila de ciclogirl.
Masculino, feminino, pedalamos para sobre(viver).
Na maior dos giro$ levamos sabor.
Paladar de estratos sociais.
Os que comem e os que não comem.
Delivery da marmita quente, fria, vazia.
Aplicação da lei, sem lei.
App, conectar, regulamentar.
Alugo uma bike para pedalar, trabalhar, sonhar.
Nada de encontrar a rota da CLT.
Com T de (T)ecnologia!
É bicicleta de carbono, sem carbono.
Capacete, sem capacete.
Com sapatilha, sem sapatilha.
Grupo, sem grupo, ermitão.
Uniforme, sem uniforme.
Na bike vejo um trabalhador/a.
Formal, informal, ocupado, desocupado, de$e$perado.
A bicicleta no mirar do dia a dia.
Mobilidade, trânsito, morte, vida!
Pedalar ensina; $omo(s) iguais na chegada e na partida
Bicicleta, ciclista, desacolhida.
Na (tua) cidade, na (nossa) cidade.
É Casa Comum, com C de (c)iclista!
Silêncio de muitos, barulho de poucos.
Coletivos ausentes, uniformes sempre presentes.
Bicicleta, ciclistas invisíveis!
Políticos de politicagem, promessas, giro de míngua.
Ouve o som da (c)atra(c)a da bi(c)i(c)leta com C de (c)idadania.
Mobilidade se tu és (c)idadão/ã, (c)iclista, trabalhador/a!
1° de maio, de uma pedalada/giro de ontem, hoje e sempre!
Dado Galvão é ciclista, documentarista, idealizador do Movimento
@cicloolhar
maio/2023