Combater o ra-cis-mo é um golaço de bicicleta!

 
Plaquinhas do Movimento @cicloolhar

O ciclismo é tão universal quanto o futebol.
A pelota está no quintal dos ricos e dos pobres.
Nos grandes condomínios ou nos bairros periféricos miramos bicicletas.
Negros/as, brancos/as, coloridos/as ou sem cor jogam futebol e andam de bicicleta.
Ciclismo e futebol em suas essências não distinguem cor ou estrato social. Sejam como esportes ou em suas infinitas possibilidades são universos em comunhão, onde preconceito e discriminação é bike enferrujada e quebrada ou bola muito furada.
Ra-cis-mo foi e sempre será um (crime contra a humanidade). Combatê-lo é como fazer um golaço de bicicleta.


   
Foto: Casal de ciclistas negros, Centro de Jequié - Bahia, @dadogalvao Movimento #cicloolhar

Dado Galvão é ciclista, documentarista e idealizador do Movimento @cicloolhar

maio/2023

Pedale sempre com em-pa-ti-a #cicloolhar

Plaquinhas do Movimento @cicloolhar 

Coletivamente ou individualmente na mobilidade singular de ciclista, motivados pelo espírito histórico do modal bicicleta, ferramenta que nos ajuda na vivência de cada pedalada, entender a capacidade de se colocar no lugar de outra pessoa/ciclista. Se assim não acontece, algo está errado no nosso giro.

Quantos km de ciclofaixas ou ciclovias existem na cidade onde você pedala?

Existem bicicletários públicos e placas pró-ciclismo na sua cidade?

Ciclistas já morreram atropelados ou ficaram feridos na cidade onde você vive?

O seu grupo de ciclismo está exigindo das autoridades locais políticas públicas para o ciclismo?

Na maioria das cidades brasileiras de médio e grande porte não existem políticas públicas para o ciclismo, mesmo sendo fortemente visível a presença da bicicleta nas ruas, avenidas e estradas.

Presente na casa de pobres, ricos, negros e brancos, fato. A bicicleta nos ensina de forma pedagógica, (basta observar o trânsito nosso de cada dia), a nulidade da ação de quem insiste em valorizar o estrato social na comunidade ciclística.

Grupos de ciclismo que não exercem cidadania estão completamente omissos, anestesiados diante da realidade do ciclismo local, desconhecem o papel histórico da bicicleta/ciclismo, estão perdidos na trilha com pneu estourado, no giro dos falsos coletivos.

Os coletivos/grupos de ciclismo detém um poder espetacular de mobilização. Se assim não acontece na prática para exercer cidadania e exigir políticas locais para o ciclismo e promover o bem comum, temos um giro coletivo que parece estar sepulcro caiado, mesmo com toda beleza estética que um grupo de ciclismo tem quando está reunido para iniciar uma pedalada.

É um erro gravíssimo tratar o ciclismo somente como esporte. Andar de bicicleta é esporte e muito mais, é cultura, lazer, trabalho, estilo de vida, arte, música, natureza, transporte singelo das massas e suas infinitas possibilidades.

No ritmo e espírito da palavra (em-pa-ti-a), como gesto concreto, propomos que no próximo pedal, você dialogue com o seu grupo de ciclismo, sobre o conteúdo que refletimos aqui.

Dado Galvão, ciclista, documentarista, idealizador do Movimento @cicloolhar

maio/2023

1° de maio #cicloolhar

Plaquinhas do Movimento @cicloolhar 

 

Naquela bicicleta vai um trabalhador.
Naquela bicicleta pedala uma trabalhadora.
Info-operário, cibe-operária, entrega(dor), (entrega)dora!
Com bag de cicloboy, sem mochila de ciclogirl.
Masculino, feminino, pedalamos para sobre(viver).

Na maior dos giro$ levamos sabor.
Paladar de estratos sociais.
Os que comem e os que não comem.
Delivery da marmita quente, fria, vazia.

Aplicação da lei, sem lei.
App, conectar, regulamentar.
Alugo uma bike para pedalar, trabalhar, sonhar.
Nada de encontrar a rota da CLT.
Com T de (T)ecnologia!

É bicicleta de carbono, sem carbono.
Capacete, sem capacete.
Com sapatilha, sem sapatilha.
Grupo, sem grupo, ermitão.
Uniforme, sem uniforme.
Na bike vejo um trabalhador/a.
Formal, informal, ocupado, desocupado, de$e$perado. 

A bicicleta no mirar do dia a dia.
Mobilidade, trânsito, morte, vida!
Pedalar ensina; $omo(s) iguais na chegada e na partida 

Bicicleta, ciclista, desacolhida.
Na (tua) cidade, na (nossa) cidade.
É Casa Comum, com C de (c)iclista!
Silêncio de muitos, barulho de poucos.
Coletivos ausentes, uniformes sempre presentes.
Bicicleta, ciclistas invisíveis!
Políticos de politicagem, promessas, giro de míngua.

Ouve o som da (c)atra(c)a da bi(c)i(c)leta com C de (c)idadania.
Mobilidade se tu és (c)idadão/ã, (c)iclista, trabalhador/a! 

1° de maio, de uma pedalada/giro de ontem, hoje e sempre!

Dado Galvão é ciclista, documentarista, idealizador do Movimento
@cicloolhar 

maio/2023

O ciclista que transporta e entrega comida passa fome. #cicloolhar

 Plaquinha do Movimento @cicloolhar inspirada na Campanha da Fraternidade 2023.

A Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), entidade responsável pela Igreja Católica Apostólica Romana no Brasil, realiza a CF - Campanha da Fraternidade 2023, que tem como tema “Fraternidade e fome”, e o lema “Dai-lhes vós mesmos de comer” (Mt 14,16). (VEJA MAIS AQUI)

Para somar esforços na propagação de uma campanha com um tema tão urgente, importante e necessário, como uma ação concreta do ciclismo humanizado, cidadão, inspirados no cartaz da CF2023, criamos uma plaquinha do Movimento #cicloolhar na esperança de motivar ciclistas dos mais variados credos, coletivos de ciclismo a realizarem ações individuais ou coletivas de doações de alimentos para entidades locais de notoriedade engajadas no combate a fome.

Vemos na plaquinha do Movimento #cicloolhar o mapa do Brasil, país considerado o celeiro do mundo, mas que carrega uma grande contradição: a fome é real e atinge hoje cerca de 33,1 milhões de Brasileiros.

O(a) ciclista que transporta e entrega comida nas principais cidades brasileira também passa fome. (VEJA AQUI)

Em destaque contemplamos um bike-operário entregador que utiliza bicicleta, geralmente carregando uma bag (mochila para entregador), onde transporta comida e mercadorias, nas rodas da bicicleta, alusão aos pratos contendo talheres, o arroz e o feijão, alimento do povo, passam pela mobilidade cotidiana de homens e mulheres ciclistas que sabem que a solução do problema da miséria e da fome não está somente nos recursos financeiros, mas na vida fraterna. Ninguém deve sofrer com a fome quando realmente vivemos como irmãos e irmãs. Eis o convite: “Dai-lhes vós mesmos de comer” (Mt 14,16)”.  

Ao fundo uma plaquinha antibicicleta, simbolizando aquilo que é visível na maioria das cidades brasileiras,  a falta de políticas públicas para usuários(as) de bicicletas.

Com o celular em uma das mãos, que também é instrumento do cibertrabalho o(a) ciclista compartilha, mobiliza, dando vida e ação concreta a solidariedade guiada pela fé.

Dado Galvão, ciclista e documentarista, idealizador do Movimento @cicloolhar *Texto adaptado, alguns trechos extraídos do sites da CFFB Conferência da Família Franciscana do Brasil
e CF2023. março/2023

Jequié: uma carta para o prefeito que se declara ciclista. #cicloolhar

Foto: carta do Movimento @cicloolhar , remetendo aos cuidados do prefeito de Jequié - BA,  carta escrita pela estudante Bruna Santos.

O Movimento @cicloolhar, remeteu, segunda-feira (21/03) aos cuidados do prefeito do município baiano de Jequié, Zenildo Brandão - Zé Cocá, a carta da estudante Bruna Jesus Santos, discente da Escola Professora Corina Leal, localizada na comunidade da Fazenda Velha, rodovia Barragem de Pedras, na zona rural de Jequié.

Bruna, (dez/2022) participou do projeto @cicloolhar (Na Escola), apoiado pela Lei Federal Aldir Blanc, a carta da estudante foi considerada a mais reflexiva, em uma das etapas do projeto, sendo premiada com uma bicicleta, capacete, acessórios de segurança, camisa e plaquinha do movimento #cicloolhar .

O envio da carta para o mandatário local, que também se declara ciclista, cumpre mais uma ação concreta de estímulo ao exercício da cidadania, em busca de políticas públicas para o ciclismo.

Para realização da segunda edição do projeto em 2023, o Movimento @cicloolhar , espera contar com apoio governamental local e de parceiros. Mais sobre o projeto em: BikeNaEscola.blogspot.com

 
Imagem digitalizada da carta escrita pela estudante Bruna

 

Movimento @cicloolhar / BikeNaEscola.blogspot.com  março/2023

WILSONS E ILMAS, PRESENTES! #cicloolhar

 Plaquinhas do Movimento @cicloolhar em lembrança do ciclista Wilson Rios.

WILSONS

Um idoso de 64 anos foi atropelado na madrugada desta quinta-feira (26/01/23), na BR-116. O ancião seguia de bicicleta por volta das 2h, no Km 676, da rodovia Santos Dumont, *(próximo a entrada da região da Fazenda Velha Barragem da Pedra em Jequié), quando foi atingido por um veículo que fugiu do local.

*Região muito frequentada por ciclistas de várias idades.

A vítima não resistiu aos ferimentos e morreu. Ela foi identificada como Wilson Rios, natural de Jequié.

O SAMU foi ao local, constatou o óbito. O corpo foi removido pela equipe do Departamento de Polícia Técnica para o Instituto Médico Legal de Jequié. O caso será investigado pela Delegacia Territorial do município.

ILMAS

Uma ciclista morreu após ser atropelada por um caminhão caçamba, em Jequié, no sudoeste da Bahia. Conforme a Polícia Militar, o motorista fugiu do local sem prestar socorro à vítima, que foi identificada como Ilma Cristina Teixeira, de 54 anos.

O caso ocorreu no domingo (29/01/2023), na *Avenida César Borges, no centro da cidade e, até a manhã desta segunda-feira (30), o motorista não havia sido localizado.

O Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) foi acionado, mas a mulher morreu no local do acidente.

O corpo de Ilma Cristina foi encaminhado para o Departamento de Polícia Técnica (DPT) e o caso será investigado pela Polícia Civil.

Por políticas públicas para o ciclismo em Jequié!
Ciclistas Wilsons, PRESENTES!
Ciclistas Ilmas Cristinas, PRESENTES!


Movimento @cicloolhar, 
março de 2023

ILMAS CRISTINAS - CICLISTAS MULHERES #cicloolhar

 

 
Plaquinhas do Movimento @cicloolhar em lembrança da ciclista Ilma Cristina Teixeira  

Pedalar é um ato político, é uma ação de coragem, andar de bicicleta viabiliza infinitas possibilidades para nós seres humanos mulheres e homens.

Bicicleta, substantivo feminino, um veículo que potencializa nossa qualidade de vida em vários aspectos, cada vez mais utilizado por mulheres, das mais variadas formas, trabalho, lazer, esporte, formação de coletivos, cultura.

Sem políticas públicas para o ciclismo na grande maioria das cidades brasileiras, andar de bicicleta exige de mulheres e homens perseverança, especialmente das mulheres, que no giro de cada dia, testemunham na mobilidade ser externadas velhas raízes presentes na nossa sociedade, ontem e hoje, na relação entre homens e mulheres. Desrespeito, violências, cultura de posse, feminicídio).

A bicicleta é historicamente parceira de empedramento das mulheres, assim sendo, (refletimos juntos mulheres e homens no dia 8 de março, data dedicada pela ONU, desde 1970, ao dia internacional das mulheres, sobre como o desequilíbrio entre mulheres e homens, existentes na sociedade brasileira e também refletido/externado no trânsito nosso de cada dia com ações violentas).

É preciso mobiliz(ação) cidadã de mulheres, homens, participação concreta dos coletivos/grupos de ciclismo locais em defesa do equilíbrio, respeito na relação entre homens e mulheres, na defesa de políticas públicas para o ciclismo e para promoção do bem comum.

Para provocar nossa memória muitas vezes esquecida ou omissa, links abaixo de fatos desumanos ocorridos com ciclistas mulheres, se preferir, você poderá pedalar mais sobre o tema dando um google e girando em sites confiáveis. 

> Jequié - Bahia: Ciclista morre após ser atropelada por caminhão <

> Curitiba - Paraná: Mulher de bicicleta morre atropelada <

> Vitória - Espírito Santo:Mulher com bicicleta morre atropelada <

> Cabo Frio - Rio de Janeiro: Mulher de bike morre atropelada <

> Praia Grande - São Paulo: Mulher recebe 'tapa' nas nádegas enquanto pedalava sua bicicleta <

> Palmas - Paraná: Mulher cai de bicicleta após ser assediada enquanto pedalava <

> 'Muitas mulheres deixam de pedalar por medo de assédio' diz cicloativista sobre jovem que sofreu acidente após ser tocada por homem < Ciclista vítima de assédio no Paraná tem bicicleta furtada <

> Ciclista vítima de assédio no Paraná tem bicicleta furtada <


Dado Galvão é ciclista, documentarista, idealizador do Movimento @cicloolhar

março/2023

Bicicleta ganha espaço no palanque político, mas continua esquecida durante a gestão. #cicloolhar

  

Caso de deputado que simulou ir à posse pedalando faz lembrar outras promessas eleitoreiras

Caio Guatelli, CICLOCOSMO - FOLHA DE SÃO PAULO.

Uma cena inusitada chamou a atenção em frente ao Congresso Nacional no dia 1º de fevereiro. O deputado federal eleito Pedro Uczai (PT-SC) chegou pedalando, suado, de calça jeans, tênis e camiseta para a posse de seu quarto mandato na Câmara. 

A situação contrastava com a enorme fila de carros que levava milhares de interessados em celebrar a democracia durante a cerimônia de posse de deputados e senadores. 

Foto: O deputado federal Pedro Uczai posa com sua bicicleta em frente ao Congresso Nacional em 1º de fevereiro - Divulgação

Enquanto outros parlamentares e um incontável número de convidados desembarcavam de seus carrões, Uczai fazia uma selfie montado em sua mountain bike em frente à cúpula da Câmara, convidando a sociedade a "debater a mobilidade humana e urbana, a sustentabilidade e a saúde".

A atitude viralizou nas redes sociais. Texto e fotos produzidos pelo deputado chegaram a ser replicados por vários veículos de imprensa.

Após o sucesso, a Folha procurou o deputado para saber como ele se sentiu durante o trajeto pedalado entre casa e trabalho. "Não tem ciclofaixa, não tem ciclovia, não tem calçada. Tomei fina de ônibus e senti na pele a ausência de estrutura para quem pedala", disse ao comentar o que chamou de "ato simbólico".

O deputado também demonstrou indignação com as estruturas do próprio Congresso Nacional. "Não tinha onde estacionar, não tem bicicletário na Câmara, então entreguei a bicicleta a meu assessor", completou.

O deputado havia pedalado 4,9 Km entre sua residência, na superquadra 302 norte, e a sede do legislativo nacional, sempre escoltado por um carro. Seria um feito inédito e admirável para um parlamentar não fosse a revelação do que aconteceu logo depois da pedalada.

Alegando não haver um vestiário na Câmara, a assessoria de Uczai disse que o deputado voltou de carro até sua casa para trocar o jeans, o tênis e a camiseta, por terno, sapato e gravata. A bicicleta foi no porta-malas, e na garagem da residência ficou.

Uczai então engrossou a caravana motorizada rumo à posse no Congresso Nacional, igual a todos os seus colegas e convidados.

Procurada, a Primeira Secretaria da Câmara informou que, diferente do que disse Uczai, no Congresso existem dois bicicletários, com ao menos 30 vagas, e ao menos um vestiário localizado na garagem do subsolo.

Além de não aproveitar a infraestrutura oferecida pelo Congresso à quem escolhe ir ao trabalho pedalando, o deputado também desperdiçou a chance de usar a ciclovia do Eixo Monumental, que compõe mais da metade do seu trajeto, e que, apesar do desconhecimento do deputado, existe desde 2013 —ou seja, durante quase dez anos Uczai passou de carro ao lado da estrutura e nunca a notou (ele é deputado federal desde 2010).

Foto de 2013 --época que Pedro Uczai cumpria seu primeiro mandato como deputado federal-mostra operários construindo a Ciclovia do Eixo Monumental de Brasília - Pedro Ladeira/Folhapress

A assessoria do deputado, em resposta a esta reportagem, disse que Uczai infelizmente não conhecia a existência da ciclovia, do bicicletário e do vestiário, mas que isso não diminui as intenções do parlamentar em defender as pautas propostas no "ato simbólico".

Para a cicloativista Renata Falzoni, que é vereadora suplente pelo PSB na cidade de São Paulo, "a maior resistência para executar políticas públicas pela bicicleta vem do desconhecimento e despreparo dos gestores públicos. É impossível entender as demandas de nosso setor se o parlamentar só roda de carro"

Comparada aos colegas legisladores, Falzoni é uma excessão no assunto bicicleta. Em sua curta trajetória na Câmara Municipal —até agora atuou por apenas 30 dias, na ausência de Roberto Tripoli (PV) em 2021—, Falzoni dispensou o carro, usou a bicicleta em todos os deslocamentos para o trabalho, e ainda conseguiu apresentar 4 projetos de lei em defesa da mobilidade por bicicleta. 

Foto: A vereadora suplente Renata Falzoni, de 68 anos, usou a bicicleta para se deslocar a seus compromissos nos 30 dias que legislou pela Câmara Municipal de São Paulo - CAIO GUATELLI

Outro vereador de São Paulo, André Santos (Republicanos) se promoveu ao lado de ciclistas e empresários do ramo no evento Mobicicleta, realizado com seu apoio em 2021. Na ocasião ouviu demandas de cicloativistas e homenageou figuras do meio, mas até hoje soma apenas três projetos apresentados em favor do ciclismo durante seus dois mandatos como vereador. O único aprovado é a "Frente Parlamentar em Defesa da Mobilidade Cicloviária e da Bicicleta", mas, segundo a assessoria do vereador, "ainda não houve audiência dessa comissão". A assessoria afirma ainda que, para este ano, o vereador "espera poder representar mais e melhor a bike".

Em 3 de junho de 2022 foi a vez do prefeito de São Paulo Ricardo Nunes (MDB) subir na bicicleta para fazer propaganda de sua gestão. Apesar de ter promovido o lançamento de bicicletas compartilhadas naquela ocasião, sua gestão acumula uma série de críticas no âmbito da mobilidade sustentável. Além de ter diminuído a meta de estruturas cicloviárias de 1.350 Km para 1.000 Km até 2024, o prefeito tem deixado a estrutura A vereadora suplente Renata Falzoni, de 68 anos, usou a bicicleta para se deslocar a seus compromissos nos 30 dias que legislou pela Câmara Municipal de São Paulo, o prefeito tem deixado a estrutura existente se deteriorar mesmo nos bairros mais ricos, como é o caso das ciclofaixas das ruas Tutóia e Rafael de Barros, que estão esburacadas, quase sem pintura e perderam os tachões de proteção. 

Foto: O prefeito Ricardo Nunes com bicicleta elétrica na praça Franklin Roosevelt - Fábio Pescarini/Folhapress

Procurada, a Prefeitura de São Paulo informou que "as ciclofaixas das ruas Rafael de Barros e Tutóia estão incluídas na licitação da manutenção de toda a malha cicloviária que receberá nova capa asfáltica e sinalização", e "atualmente a malha cicloviária da cidade possui aproximadamente 700km de extensão". 

Foto: Ciclistas usa a ciclofaixa da Rua Rafael de Barros, no bairro Paraiso, falta de pintura e de proteções são as maiores reclamações. 

JEQUIÉ - BAHIA

Em Jequié, interior da Bahia, o prefeito Zé Cocá (PP) publicou um vídeo no começo de sua gestão, em 17 de março de 2021, no qual aparece de bicicleta e capacete dizendo "Ciclovia já! Em breve teremos boas notícias". Três meses depois, Cocá apareceu novamente nas redes para anunciar a entrega da obra: "A primeira de muitas ciclovias que virão", disse.

Segundo o cicloativista jequiense Dado Galvão, o prefeito Zé Cocá não tem atendido os apelos da população. "Em Jequié, grande parte da população não tem carro e depende da bicicleta. O prefeito prometeu ciclovia, publicou projeto de ciclovia no Diário Oficial e entregou só 6 Km de ciclofaixa. É muito pouco para atender tantas demandas em dois anos de governo. Também faltam bicicletário, sinalização e educação de trânsito, mas o prefeito ignora nossos pedidos".

Questionado, Zé Coca disse que desde o início o projeto previa uma ciclofaixa, e que o termo ciclovia (que prevê maior proteção ao ciclista) descrito na publicação do Diário Oficial foi um erro. Quanto às outras demandas, Cocá foi claro: "Teremos ciclovia e ciclofaixa em todos os bairros e todas as principais avenidas de Jequié. O nosso projeto e intenção é nesse sentido", e completou: "Temos condição e vamos fazer até o término do mandato Jequié virar referência nessa área". 

Foto: Ao lado de bicicleta e todo paramentado, o prefeito de Jequié (BA), Zé Coca (PP) fala de ciclovias e promete 'novidades' - Instagram de Zé Cocá

Uma das maiores promessas que até agora não saíram do papel é a "Ciclovia dos Bandeirantes”. A ideia foi lançada em 10 de março de 2022 por João Doria, antes de renunciar ao governo de São Paulo para tentar se candidatar à presidência da República.

Naquele dia, Doria se cercou de ciclistas para anunciar o início do projeto: "Vim aqui para iniciar a maior ciclovia do país, com 57 Km, a Ciclovia dos Bandeirantes", e concluiu: "Com investimento de R$ 222 milhões, a obra estará pronta até setembro do ano que vem [2023]".

Segundo a Artesp (Agência de Transporte do Estado de São Paulo), "o projeto de implantação de ciclovia na Rodovia dos Bandeirantes segue em avaliação de viabilidade pela concessionária AutoBan. Por meio da Artesp, a atual gestão dará continuidade aos trâmites para desenvolvimento dos estudos e cobrará o encaminhamento da proposta para análise pelo corpo técnico desta Agência Reguladora".

 
Foto: Ilustração do projeto 'Ciclovia dos Bandeirantes', anunciada por Doria em março de 2022, divulgação.

Veja aqui no formato original, (disponível somente para assinantes da Folha de São Paulo). 

Movimento @cicloolhar março/2023

Concurso de redação gera reflexão sobre uso da bicicleta em Jequié, na Bahia #cicloolhar

(Na foto) Bruna Jesus Brito e a bicicleta que ganhou no concurso de redação promovido em escolas de Jequié (BA) - Ciclo Olhar

Caio Guatelli, CICLOCOSMO - FOLHA DE SÃO PAULO

Um concurso de redação promovido em escolas públicas de Jequié, interior da Bahia, estimulou alunos do ensino fundamental a refletirem sobre o uso da bicicleta no município. Durante duas semanas, a iniciativa do projeto Ciclo Olhar exibiu filmes e fotografias documentais sobre ciclismo e promoveu rodas de conversa para estimular o conhecimento dos estudantes.

O resultado saiu no dia 7 de dezembro e premiou o texto "Carta ao ciclista", produzido pela estudante Bruna Jesus Brito, de 15 anos, aluna da Escola Pública Municipal Corina Leal, localizada na zona rural de Jequié.

Em sua carta, a estudante exalta os benefícios da bicicleta ao cidadão e ao meio ambiente e critica a falta de políticas públicas que incentivem o uso da bicicleta e protejam os ciclistas de sua cidade.

"Admiro muito quem pratica o ciclismo, pois além de ser um meio de transporte sustentável, traz também benefícios à saúde", escreveu Bruna, que, ao longo do texto pontuou a falta de bicicletários para trabalhadores e enumerou outras dificuldades enfrentadas por quem se locomove de bicicleta em Jequié: "A infraestrutura de nossa cidade, para o ciclismo, é algo de se envergonhar, porque há apenas alguns quilômetros de ciclofaixas que não atendem a real necessidade dos ciclistas, faltam sinalizações e mais respeito por parte dos motoristas".

Segundo o idealizador do projeto, o documentarista Dado Galvão, a carta de Bruna e dos outros estudantes serão enviadas ao prefeito e aos 19 vereadores e vereadoras de Jequié, com a intenção de sensibilizá-los por mais providências em favor da segurança e bem-estar dos munícipes que optam pelo uso da bicicleta.

"Esperamos que executivo e legislativo respondam com ações práticas", disse Galvão, que desde 2018 promove ações de conscientização da população de Jequié para o universo da ciclomobilidade.


Atualmente, a única estrutura cicloviária de Jequié fica na avenida César Borges, a mais movimentada da cidade. O projeto inicial previa uma ciclovia no local, mas a administração municipal a transformou em ciclofaixa (sem segregação física entre automóveis e bicicletas).

Segundo Galvão, nas outras avenidas e ruas da cidade sequer há placas para alertar os motoristas sobre a presença de um grande volume de ciclistas no trânsito local.

Procurada pela Folha, a prefeitura de Jequié não se manifestou

(Foto) Alunos da Escola Municipal Agnelo Teles de Menezes, em Jequié (BA), durante aulas preparatórias para o concurso de redação - Ciclo Olhar

Veja aqui no formato original, (disponível somente para assinantes da Folha de São Paulo).  

Movimento @cicloolhar março/2023

Blog Jequié Repórter/TV Web apoia Movimento #cicloolhar e doa bicicleta a aluno de colégio municipal da Fazenda Velha


Uma bicicleta infantil seminova foi doada pelo Blog Jequié Repórter/TV Web a um aluno do Colégio Municipal Corina Leal, localizado no povoado da Fazenda Velha, A doação foi feita em apoio ao projeto @cicloolhar (na Escola), que tem a coordenação do documentarista Dado Galvão. Também foram doados um capacete e uma camisa do Movimento Ciclo Olhar, que difunde o uso das bikes e cobra dos poderes públicos as condições necessárias nas vias públicas que possibilitem maior segurança e condições de tráfego para os ciclistas. Sensibilizado o Blog Jequié Repórter/TV Web, agradece a calorosa recepção recebida por parte da coordenação e funcionários do colégio Corina Leal, onde o pequeno Manoel, de 5 anos de idade foi o ganhador da bicicleta.

 
Assista

Movimento @cicloolhar cobra maior atenção dos poderes públicos para os usuários de bicicletas

Dado Galvão e o jornalista Wilson Novaes

O documentarista Dado Galvão, idealizador do Movimento @cicloolhar, participou nesta quarta-feira (14), do programa Hora de Notícias, do Jequié Repórter/TV quando explanou sobre o projeto que finalizou mais uma etapa do projeto @cicloolhar (na Escola), com a entrega no último dia 7, de uma bicicleta de 21 marchas, com cestinha, capacete, iluminação, plaquinha refletiva e camisa do movimento, a adolescente Bruna Jesus Brito, de 15 anos, estudante do 9° ano do ensino fundamental, da Escola Pública Municipal Corina Leal, localizada na Fazenda Velha, rodovia barragem de pedras, zona rural de Jequié.

Fonte: Jequié Repórter, dez/2022

Bicicleta (na Escola) @cicloolhar #cicloolhar

Sílvia Regina (coordenadora pedagógica), Dado Galvão (Movimento @cicloolhar), 
Bruna Jesus (estudante), Aline Ferreira (diretora escolar)

Finalizada mais uma etapa do projeto @cicloolhar (na Escola), foi entregue (7/12), pelo Movimento @cicloolhar, para Bruna Jesus Brito, (15 anos), estudante do 9° ano do ensino fundamental, uma bicicleta de 21 marchas, com cestinha, capacete, iluminação, plaquinha refletiva e camisa do movimento. Bruna é discente da Escola Pública Municipal Corina Leal, localizada na Fazenda Velha, rodovia barragem de pedras, zona rural de Jequié - Bahia.

Duas escolas públicas municipais das comunidades da Barragem de Pedras participaram do projeto, a Escola Angelo Teles de Menezes, promoveu a participação de estudantes do EPJAI (Educação de Pessoas Jovens, Adultos e Idosas).

ESCREVE PARA UMA(UMA) CICLISTA.

A carta da estudante Bruna foi selecionada como a mais reflexiva, por abordar temas que estão presentes nos conteúdos (textos, fotos e vídeos), disponibilizado para os estudantes no blog do projeto (BikeNaEscola.blogspot.com) e trabalhados nas salas de aulas pelas professoras e nos ciclo de diálogos que aconteceram, “quando partilhamos sobre o ciclismo humanizado, a defesa da simplicidade da bicicleta e o exercício da cidadania para promoção do bem comum”, afirma Dado Galvão, documentarista e ciclista, idealizador do projeto. 
 
Imagem digitalizada da carta escrita pela estudante Bruna

“A prática do ciclismo exige coragem e sabedoria (...) a infraestrutura da nossa cidade para o ciclismo é algo de se envergonhar (...) vemos que faltam políticas públicas (...) construção de bicicletários”. Descreve a estudante na carta. 


As cartas que foram produzidas pelos(as) estudantes serão entregues pelo movimento para ciclistas de Jequié. O projeto foi apoiado pela Lei Aldir Blanc, edital Resistência Cultural, com apoio financeiro do Governo Federal, Secretaria Especial da Cultura, Ministério do Turismo, Prefeitura de Jequié, Secretaria Municipal de Cultura e Turismo.

O Movimento #cicloolhar agradece o acolhimento dos(das) profissionais e estudantes das escolas que receberam o projeto.
 



4° Concurso Cultural @cicloolhar de Foto(grafia). Foto mais reflexiva: Amalia Gisela Fersula Romero, Mambaí - Goiás.

 Na foto: Amalia Gisela, BR - 174 Pacaraima - Boa Vista
 
4° Concurso Cultural @cicloolhar de Foto(grafia).
Ciclistas, testemunhas da diáspora venezuelana.


A ciclista Amalia Gisela Fersula Romero, refugiada venezuelana, que reside em Mambaí - Goiás, receberá por correio postal. uma camisa e uma plaquinha do Movimento @cicloolhar

Já são quatro anos do Concurso Cultural de Foto(grafia) @cicloolhar, que acontece desde o ano de 2019, para refletir sobre o dia 10 de dezembro, data dedicada a Declaração Universal dos Direitos Humanos.

ANDAR DE BICICLETA É UM DIREITO HUMANO NAS RUAS E ESTRADAS!
 
Plaquinha refletiva & reflexiva do Movimento @cicloolhar 
 
"Migrando de Bike para salvar a vida!
Quando a crise de um país te obriga a sair e enfrentar os obstáculos.

No ano de 2017, saímos da Venezuela, uma prima com o esposo Orlando Ortega, (na foto), que hoje vive em Cuiabá - Mato Grosso, uma amiga e eu. Chegamos a Pacaraima - Roraima, num sábado, 16h30 e não havia passagens de ônibus para venda, existiam apenas dois táxis com duas vagas, falaram que não poderíamos dormir na calçada porque queimavam os venezuelanos que estivessem na rua após 19 horas. Isto por causa de um roubo que aconteceu naquele tempo e culpavam os venezuelanos.

 Na foto: Orlando Ortega, BR - 174 Pacaraima - Boa Vista

Assim que montamos na bike e pegamos o caminho, (duas pessoas em uma bike, sem marcha, eu pesava 48 kg, estava com 6 kg a menos do que o normal, causado pela fome que vivia na Venezuela). Dormimos no chão na beira da estrada, pedalando uma hora ele, uma hora eu, e às vezes só caminhamos, dois dias depois, na segunda-feira chegamos a Boa Vista, capital de Roraima, mais de 200 km pedalando. Vitoriosos para continuar nossa nova vida aqui neste belo e livre Brasil.

Meu nome: Amalia Gisela Fersula Romero, Atualmente moro em Mambaí - Goiás". Instagram: @fersularomero
 

 
dezembro/2022

Harmonia nas cancelas e porteiras #cicloolhar @movimentocaloi #FabricamosCiclistas #FabricamosRespeito

André Lopes é um ciclista pernambucano, nascido e criado na capital do frevo, Recife, administrador de empresas, morando desde 2007, em Cajazeiras, cidade do interior da Paraíba, com mais de 60 mil habitantes, terra o ciclista administrador trabalha com sucesso no segmento de veículos novos e usados.

“O meu melhor lazer, esporte, cultura é pedalar, conhecer cada vez mais Cajazeiras e trilhas da região”. Com muita disposição, André pedala 100 km por semana, entre asfalto e trilhas, pedaladas que segundo o ciclista, “contribui muito para desestressar e renovar energias”.

#cicloolhar @andre_plopes zona rural de Cajazeiras - Paraíba

“Comprei uma bicicleta Caloi Elite Carbon/Carbono, gostei da cor, dinâmica, peso e do kit de marchas. O melhor de tudo é ter uma bike segura e confortável para conhecer as trilhas do alto sertão paraibano”.

O ciclo-olhar (foto), partilhada por André, revela uma cena muito compartilhada por ciclistas que transitam em zonas rurais das mais variadas partes do Brasil, cancelas/porteiras de propriedades rurais são transformadas por alguns minutos em bicicletários naturais/orgânicos, onde a bicicleta é exibida, celebrada pelos ciclistas, que geralmente ao lado da magrela fiel, posam para fotos, revelando, eternizando mais um giro harmônico, comunhão entre homem, bicicleta e natureza.

novembro/2022

Enxergamos Ciclistas #cicloolhar @movimentocaloi #FabricamosCiclistas #FabricamosRespeito

Lorena Santana Santos, (20 anos), estudou até o 3° ano do ensino médio, interrompeu os estudos para buscar emprego, bateu em muitas portas, enviou e entregou muitos currículos, esperou quase um ano, por uma oportunidade de trabalho, que não apareceu, pela sobrevivência humana, viu na venda de bilhetes de loterias, jogos e rifas, uma oportunidade de renda. Moradora do bairro periférico da Cachoeirinha, em Jequié, cidade de aproximadamente 150 mil habitantes, no interior baiano, ela trabalha com uma pequena banca de madeira, posicionada em uma das esquinas das dependências do CEAVIG – Centro de Abastecimento Vicente Grilo, localizado no Centro da cidade.

Bike-operária, Lorena Santana, foto: Movimento @cicloolhar

A vendedora de jogos lotéricos, economizou, cortou despesas com o transporte coletivo urbano e planejou virar uma bike-operária, com muito esforço comprou uma bicicleta Caloi, hoje, sua parceira de labuta há mais de um mês.

Lorena ganhou uma companheira fiel de trabalho para o giro do ganha pão, apesar de uma vida difícil e sofrida, encontramos no seu exemplo e nas pedaladas invisíveis, anônimas de cada dia, inspiração que fabricam, promovem sonhos, esperança na mobilidade por dias melhores.
 
Movimento @cicloolhar novembro de 2022 

"Migrando de Bike para salvar a vida!" Amalia Gisela Fersula, Mambaí - Goiás. #cicloolhar

 Na foto: Amalia Gisela, BR - 174 Pacaraima - Boa Vista

4° Concurso Cultural @cicloolhar de Foto(grafia).
Ciclistas, testemunhas da diáspora venezuelana.

"Migrando de Bike para salvar a vida!

Quando a crise de um país te obriga a sair e enfrentar os obstáculos.

No ano de 2017, saímos da Venezuela, uma prima com o esposo Orlando Ortega, (na foto), que hoje vive em Cuiabá - Mato Grosso, uma amiga e eu. Chegamos a Pacaraima - Roraima, num sábado, 16h30 e não havia passagens de ônibus para venda, existiam apenas dois táxis com duas vagas, falaram que não poderíamos dormir na calçada porque queimavam os venezuelanos que estivessem na rua após 19 horas. Isto por causa de um roubo que aconteceu naquele tempo e culpavam os venezuelanos.

 Na foto: Orlando Ortega, BR - 174 Pacaraima - Boa Vista

Assim que montamos na bike e pegamos o caminho, (duas pessoas em uma bike, sem marcha, eu pesava 48 kg, estava com 6 kg a menos do que o normal, causado pela fome que vivia na Venezuela). Dormimos no chão na beira da estrada, pedalando uma hora ele, uma hora eu, e às vezes só caminhamos, dois dias depois, na segunda-feira chegamos a Boa Vista, capital de Roraima, mais de 200 km pedalando. Vitoriosos para continuar nossa nova vida aqui neste belo e livre Brasil.

Meu nome: Amalia Gisela Fersula Romero, Atualmente moro em Mambaí - Goiás".
Instagram: @fersularomero

novembro/2022

4° Concurso Cultural de foto(grafia) @cicloolhar #cicloolhar


Segundo informações da OIM (Organização Internacional da ONU para Migrações), nos últimos cinco anos, o Brasil registrou a entrada de mais de 700 mil venezuelanos. São homens, mulheres, jovens, crianças e indígenas, que fogem da miséria, fome, pobreza e autoritarismo político. Muitos são acolhidos inicialmente em Roraima, pelas missões humanitárias, Governo Federal (Missão Acolhida), ACNUR, ONGs e igrejas.

Muitos refugiados(as) venezuelanos(as) migram por conta própria, vagando pelo território brasileiro em grandes e pequenas cidades, estão presentes nas sinaleiras, calçadas, estradas, abrigos, debaixo de viadutos e pontes, buscam uma vida melhor.

Provavelmente no seu cotidiano, andando de bicicleta, você já testemunhou a diáspora venezuelana. Mais de 6 milhões de venezuelanos fugiram de seu país, igualando a Ucrânia no número de pessoas deslocadas e superando a Síria, segundo as Nações Unidas.

O Movimento Ciclo-Olhar realiza o 4° Concurso Cultural de Fotografia @cicloolhar com o tema: (Ciclistas, testemunhas da Diáspora Venezuelana), para refletir sobre o dia Internacional dos Direitos Humanos, celebrado em 10 de dezembro, para lembrar a Declaração Universal dos Direitos Humanos, proclamada em 10 de dezembro de 1948, pela Assembleia Geral das Nações Unida (ONU).

É o quarto concurso cultural realizado pelo movimento, desde 2019, para refletir e celebrar com olhar de ciclista, na simplicidade de andar de bicicleta que nos une de forma universal, sobre a valorização da dignidade humana, respeito ao ser humano, proteção da vida e da mobilidade humana na construção e promoção do ciclismo humanizado.

O *Ciclo-Olhar mais criativo *(foto mais criativa), será divulgado no dia 10/12/2022, o autor(a) receberá uma plaquinha @cicloolhar refletiva e uma camisa do movimento com o tema do concurso.

Só serão aceitas fotos enviadas via e-mail (dadogalvao@gmail.com), com nome completo do autor da fotografia, endereço do Instagram, cidade, estado e um pequeno texto ou frase contextualizando a foto(grafia).

PARA INSPIRAR SUA FOTO(GRAFIA)
 


Novembro/2022, Movimento @cicloolhar

#cicloolhar Giro pela Vida #OutubroRosa Pedalada de Resistência e Exemplo!

"Eu sou a Kely, faço 39 anos dia 11/11. Estou enfrentando pela terceira vez o câncer. Em 2015, aos 32 anos, diagnostiquei um câncer na mama direita. Fiz mastectomia radical no mesmo mês, no mesmo ano iniciei quimioterapia e 2016 fiz radioterapia, seguida de algumas cirurgias pra trocar os expansores da mama, pois consegui romper 2, devido aos pedais.

Fui orientada pelos médicos a não pedalar por um tempo, até a reconstrução definitiva das mamas. Passado pós operatório, retomei minhas atividades, tanto no trabalho quanto no pedal, pois tenho esse esporte como uma armadura que me ajudou a combater a doença. Nesse período não me sentia doente, chegando até participar de provas na categoria amadora, pegando pódio em algumas provas.


Fiquei por 5 anos em remissão, levando uma vida super ativa, até que fui diagnosticada com metástase óssea em 2020. Eu vinha fazendo hormonioterapia desde então, retirei os ovários, parei de tomar Tamoxifeno e comecei tomar Anastrozol e Abemaciclibe, juntamente com Ácido Zoledronico.

Em junho estava fazendo radioterapia na coluna pra reduzir algumas lesões que haviam evoluído muito, e fui surpreendida com convulsões, sendo diagnosticada com metástase no cérebro, fígado e pulmão e na mama esquerda também. Fiz radioterapia no cérebro recentemente e iniciei quimioterapia pra tratar as lesões na mama, fígado, pulmão e dos ossos."

Que os mistérios da vida na comunhão entre ciência & Fé & ciência, na mobilidade que move o teu testemunho, giro de esperança, pedalada que motiva e externa o que "não se pode explicar aos normais".

Vida longa @_kelyinacio_ !
Gratidão pelas pedaladas de vida! #cicloolhar luta pela vida: Kely Inácio @_kelyinacio_
Jaraguá do Sul - Santa Catarina
 
27 de outubro de 2022

Votar é uma pedalada poderosa!

Plaquinhas do Movimento @cicloolhar
 
A pedalada é de poder, exige cidadania com consciência/honestidade, para permitir por maioria coletiva que políticos nas esferas estaduais e federais, girem para administrar (nossa casa comum) de nome Brasil.

Vivemos desde 2014, uma polarização cega (Nós contra Eles(as) ou Elas(es) contra Nós). Um Brasil segmentado pelo marketing do ódio/terror, brasileiros(as), seres humanos divididos, vistos como uma espécie de produto em gôndolas de supermercados, uma disputa violenta entre torcidas organizadas, irracionalmente finalizada por vias de fato.

Quando a pedalada é democrática e os interesses são sempre coletivos a rota é única para todos os pensamentos/ideologias, RESPEITE QUEM VOTA DIFERENTE DE VOCÊ.

Manifeste suas ideias sempre com clareza, honestidade intelectual, respeitando o contraditório, o melhor farol sempre será (nossa constituição). Se a gente continuar em silêncio, omissos(as), nada vai mudar.
 
Dado Galvão, Movimento @cicloolhar

Dia 2 de outubro é dia de eleições no Brasil, os “políticos(as)”, geralmente os mesmos(as) de sempre, sustentados pelo nosso sistema eleitoral engessado, figuras que fizeram e fazem da política uma profissão, aqueles(as) que não “largam o osso” do poder, vão bater na sua porta, mobilizar membros da sua família, lembre-se: (seu voto é valioso, poderoso).

Prefeito e vereadores vão apresentar para você, candidatos: presidente, governador, senador, deputados(as) federal e estadual.

Precisamos cobrar, exigir, ciclista também é eleitor!

Ao votar como ciclista, não esqueça de analisar os(as) candidatos(as), pesquise passado, presente, (vida pregressa) e a realidade ciclística da sua cidade e estado. Ciclovias, ciclofaixas, bicicletários públicos seguros, plaquinhas pró-ciclismo, incentivo ao cicloturismo e aos atletas do ciclismo.

Mobilize o seu grupo de ciclismo, afinal (nossa demanda) é coletiva de interesse do BEM COMUM.

(O giro é agora e a responsabilidade de cobrar e exigir é nossa!)

Dado Galvão, ciclista e documentarista, idealizador do Movimento @cicloolhar, andamos de bicicleta e fotografamos, acreditamos no ciclismo humanizado, na simplicidade da bicicleta, praticamos cidadania.
 
setembro de 2022