Bicicleta, café e dignidade.

Joel Santos, 55 anos, morador de Jequié, cidade de mais de 150 mil habitantes, no interior baiano. Desempregado e ciclista, Joel, viu no aterro sanitário local, sua única oportunidade para levar sustento para família, trabalhando na informalidade com reciclagem, o ciclista tem três filhos e, “quando o lixo tá bom”, fatura o suficiente para “comer”, diz.

Pedalando com uma velha bicicleta sem freios, transitando quase todos os dias da semana na BR 116/Rio Bahia, no perímetro urbano de Jequié, geralmente para ir ao aterro e regressar para casa, localizada no Conjunto Habitacional Segredo, no bairro periférico Curral Novo.

O operário informal utiliza bicicleta desde criança, no giro cotidiano pela sobrevivência, pedala levando na mão esquerda uma garrafa térmica, onde leva café, no sábado 18/9, recebeu do Movimento @cicloolhar seu primeiro capacete.

Andar de bicicleta e beber café pode não resolve todos os nossos problemas, mas, pelo menos, no giro do exemplo de resistência e luta do ciclista invisível Joel, no trânsito da vida pela sobrevivência e dignidade humana, nos acorda, movimenta, lembrando-nos que historicamente existe um bolo cada vez mal dividido e distribuído nas Cafeterias Brasis, frequentadas por uma minoria privilegiada, resquícios saudosistas quiçá da “política do café com leite”.

Doações de Capacetes novos ou usados, fale com a gente: Jequié e Salvador - Bahia (71) 98825 1105, Vitória da Conquista - Bahia (77) 98148 0440, Cajazeiras - Paraíba (83) 99103 3079, Irecê - Bahia (74) 99949 9854, Macapá - Amapá (96) 98100 0019 Instagram: @cicloolhar Facebook: Ciclo-Olhar, Blog: CicloOlhar.blogspot.com 

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Dado Galvão, Movimento @cicloolhar set/21