A vitrine cotidiana de Cândida.

  

Na pequena feira livre, que geralmente funciona aos domingos, no distrito Stela Câmara Dubois, conhecido popularmente como Entroncamento de Jaguaquara, localizado às margens da BR 116, sentido norte, pertencente ao município baiano de Jaguaquara. Localidade que expressa como em muitos municípios do norte-nordeste, pobreza e falta de oportunidades.

Sobrevivendo da venda de rifas em tempos de pandemia, pedalando há 20 anos, Valdemira Cândida dos Santos, (61 anos de idade), é sinal de esperança no seu giro para sobreviver, na mobilidade de sua velha companheira bicicleta, substantivo feminino, agregado ao vigor de ser mulher. Em um ambiente que parece ser esquecido pelo desenvolvimento, riquezas ainda mal divididas da nossa Casa Comum, que são vistas por muitos e acessadas por poucos, como uma grande vitrine ao ar livre, no cotidiano trânsito de caminhões que trafegam de passagem pelo distrito.

Nas pedaladas e giros de Cândida, pela sobrevivência humana, renasce a esperança em dias melhores, oportunidades, mobilidade com justiça na divisão das riquezas e pela paz da nossa Casa Comum. “Os pobres têm muito a ensinar”, (Francisco, para o V Dia Mundial dos Pobres).

@dadogalvao , Movimento @cicloolhar
julho/2021