Jequié: bicicletas coloridas e ciclistas cada vez mais invisíveis. #cicloolhar

 

O Movimento Ciclo-olhar, fixou (28/10) mais uma bicicleta em memória, protesto e para reflexão na Avenida César Borges, em Jequié - Bahia. A bicicleta foi doada pela família do ciclista (Edilzo Souza Lima) conhecido popularmente como “Nego”, diácono evangélico, morador do bairro do KM 3, foi atropelado por um caminhão caçamba, quando andava de bicicleta retornando do trabalho, na estrada da Fazenda Velha, nas proximidades de um motel, segundo familiares, morreu lutando pela vida, em (16/10) no HGPV - Hospital Regional Prado Valadares.

A bicicleta danificada pelo impacto do atropelamento foi pintada de amarelo e fixada com correntes, no suporte de uma placa de sinalização, no mesmo local onde o movimento fixou (13/9) uma bicicleta de cor azul e três cruzes, em alusão aos ciclistas atropelados e mortos em Jequié, este ano. Agora são quatro cruzes e mais uma bicicleta amarela para simbolizar o espírito de juventude, fé e trabalho, deixado por “Nego”, que pedalava cotidianamente há mais de 30 anos, e possuía uma boa saúde. 
 

Foram fixadas também no local placas artesanais confeccionadas pela cicloativista Jil Bike, que alertam: “Prefeito e vereadores, ciclista também é gente”, este ano em Jequié, 4 ciclistas atropelados e mortos”. Mesmo existindo uma visível tendência de mais acidentes e mortes envolvendo ciclistas, não existem ações concretas pré-ciclismo por parte do executivo e legislativo municipal, para preservar vidas, além de um convivente silêncio dos grupos de ciclismo local.

Jequié possui mais de 150 mil habitantes, conforme o último censo do (IBGE) é considerada a cidade mais violenta do Brasil, segundo o levantamento do 17º Anuário Brasileiro de Segurança Pública. 
 
 
Dado Galvão, Movimento @cicloolhar 
outubro de 2023.